Homens como Sebastião Salgado pensam além da justa adequação, rompe barreiras e revelam aos humanos suas próprias almas captadas.
Categoria: Confessionário
Confessionário mostra todos os pecados de um único pecado colocados lado a lado, organizados em todo o seu caos e bem comportados em toda maldade alheia. Por isso, calo-me, vivo desse silêncio do lado oculto da Lua, vivendo sob o risco do improviso, procurando o amor da forma mais rampeira e voraz, embora serena e livre como toda trova antiga. Assim, confesso minhas paixões platônicas com todo pecado e voyerismo, selo eficaz de quem não encontrou a paz, e nessa inquietude com os obstáculos propostos dia a dia é que me deparo com o vazio e penso em como fazer minha alegria.
Um movimento, uma dança, uma apresentação e lá se vai minha alma, deixando o meu corpo abandonado na realidade, vivendo o sonho como se estivesse em um mundo paralelo, doce sinônimo de eterno, para que no regresso, quando puder pousar na brava realidade, se satisfazer da forma mais delicada possível, daquilo que pudesse trazer do que se viveu em prazer. Confessionário, junto com todos os pecados abordados, também multiplica as várias personalidades encontradas, entregando-as a uma única pessoa, e essa, autor e ator de todas as dores e amores, também cria as ações futuras com todas as máscaras dispostas.
Não há verdades, não há mentiras, só abordagens virtuais de uma vida longínqua, publicadas em todos os cantos e encantos, pois quando a realidade me chamar para o justo sono do justo, essas histórias feitas de letras dispersas ganharão o rumo do olhar mais puro e se farão vida, além de sua nobre retina.
Confesso: Roger Federer
Roger Federer me remete à perfeição, pois o pouco que tenho de perfeccionista encontra nesse gênio a mais alta expressão desse significado.
Confesso: Mikhail Baryshnikov
De todas as artes que aprecio, a dança é o meu céu intangível, e por isso, o alcanço através do corpo de Mikhail Baryshnikov.
Confesso: Milan Kundera
Por Milan Kundera, foi amor a primeira virada de página, em que se acrescenta a umidade da ponta da língua como via para uma paixão legítima.
Confesso: A Garota do Vestido Amarelo
A garota de vestido amarelo faz da continuação do giz o traço pleno do desenho e o que sobra são histórias em memória.
Confesso: Koyuki Kato
Koyuki Kato é como se enxergasse em cada nascer do sol uma força misteriosa que me desse uma nova vida além das cinzas.
Confesso: Diane Krüger
Diane Krüger é a divindade entre a vida e o sonho e me faz sem ar ao se colocar à flor da minha pele como gotas de orvalho.
Confesso: Juliette Binoche
Juliette Binoche sensualiza por sua encantadora Arte e me traz Paris, a cidade luz, e ambas me iluminam ante as minhas trevas.
Confesso: Julia Fischer
Julia Fischer me dá notas que se anotam no silêncio de seu olhar, para no verão ser apenas sombra e no inverno de tanto amor, derreter.
Confesso: Soledad Villamil
Soledad Villamil é uma paixão além do olhar, que enfatiza o que reprimo, me fazendo de quase santo a um mísero bandido.