Minha cara metade é a metade de minha cara lavada
Minha cara inteira, inteira de duas metades caras
Minha cara oposta, não está exposta,
Ainda que pendurada noutra que só se mostra
Minha cara, minha só metade de uma,
Minha outra só, que agora dorme vazia
Enquanto a outra se aprofunda
Quanta rixa por não entender de um só rosto,
Só uma parte poder estar viva?
A outra dorme mas não se esvai,
Talvez se esgueira por nobres fortalezas,
Se mostrando ao improviso em sonhos imprecisos.
Então, fique só com meia cara, meia lua,
Minha metade inteira, mas nunca tua.
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