Confesso: já tive uma paixão platônica por Michelle Pfeiffer. Uma paixão tão intensa quanto insuperável. É assim que se mostra em distâncias anos-luz entre astros e se revelam com a força de um universo inteiro no azul de seus olhos. Portanto, é nesse azul minha nova morada, meu novo planeta Terra. Ainda mais, sua beleza, antes secreta, se esgueira nos contornos da noite e na concepção do dia. Resumidamente, é infalível que não se veja o desenho mais delicado esboçado pelos deuses, acariciado pelos anjos, colocados aqui para nosso deleite.
Portanto, tudo que se resguarda dessa beleza, me atrai o que tenho de insano, elevando-me acima do exagero, no mais clichê tom de vermelho que representa paixão. O que posso fazer? Esse é meu desejo intransferível e pelo qual fico totalmente dependente, ainda que pareço apenas um simples escritor tolo. Pois tem hora que as paixões nos transfere todas os sentimentos possíveis e irresistíveis, provando à ciência que existe pecado. Para os mais graduados, prova que por mais infinito que seja o Espaço, ainda assim se torna vago no pensamento mais humano. Para a arte, prova que por mais que se façam cores, há aos reconhecidos pelas paixões, sua discrição mais fria, onde os olhos fechados não quer ver cor alguma. Em minha armada biografia, não preciso de provas, apenas publico a verdadeira expressão do belo, na mais linda das pinturas.