O Homem Feliz Ciano
O Homem Feliz Ciano é o retrato pueril do homem tosco, que se segura em autoafirmações, revelando consequentemente, sua natureza frágil
Homens como máquinas,
Alvoroços mórbidos de poesias faladas,
Sob o ventre másculo um cinto os aperta,
Cala a fome que os consente e os lembra à toa,
Que ainda sois gente
Febris e intensos, Nunca vos para,
Haja óleo, fumaça ou vento, nunca há choro intenso,
Resignados que sois em vosso sexo,
De vossa inquietude sempre vos sobra graxa, massa e concreto
Homens são máquinas,
Não vos acredita em falácia cantada,
Se dentre vosso clérigo houver algum irmão em desespero,
Desentoca as chaves do boteco
Haja a alegria de uma pinga no peito,
Sois secos em escárnio, raridades exclusas em relicário
Sois a cor de alguns, anedotas de outros
E há em algum inferno, algum pastor de terno,
Que resgate a beleza de um homem velho moderno.
Seja esse horta, lã, genipapo ou caramelo
Em gel de cabelo a delimitar tamanho tédio
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