0 caminho da arte
É a fuga do ponto de fuga,
É o alvo certeiro na via tortuosa,
É o orgulho em devaneio de quem já perdeu o medo
É a corrosão de todas as convicções
É a surpresa plena do coração efêmero
O caminho da arte não se mostra inequívoco,
É a saudade de uma alma leve
É o riso insistente do maltrapilho
É a ciência do condenado crítico
É a penumbra quando sol escaldante
Mesmo antes perdido, ainda sem futuro, já sabia qual caminho
Mentindo para mim mesmo, me fazendo de besta em meio aos ungidos
Agora, não quero mais verdades, quero milhos e milhas
Agora,
Não quero mais verdades,
Quero milhos e milhas,
Quero filhas e filhos,
Estradas e caminhos,
E se merecedor, um travesseiro e beijos para o meu repousar
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